1 - Campeonato (Copa) Mundial de Futebol 2014
e Jogos Olímpicos 2016 no Brasil
e Jogos Olímpicos 2016 no Brasil
2 - Elefantes Brancos, Reportagem da Globo
1.
Em 2014 e 2016, a 6ª economia mundial irá gastar, segundo o jornalista Carlos Tautz, cerca de R$ 23.400 milhões de reais (cerca de US$ 11.500 M de dólares ou, em euros, cerca de 9.200 M €). O Governo federal justifica estes gastos como sendo investimentos (só não sei a favor de quem, mas do povo não será com certeza!). Curiosamente a saúde pública, no Brasil, está como se pode constatar nas seguintes fotos (pois 1 imagem vale mais do muitas palavras):
E a educação pública?
E o saneamento básico?
E o sistema prisional?
etc. etc. etc.
Haja dinheiro para Carnaval, Samba e Futebol e os governantes já deixam o povão feliz!
Estes assuntos são tão graves e tão tristes que nem dão vontade de rir...
Mas os portugas é que são os idiotas das piadas, ora pois pois!
Fontes: Página20.net
2.
Elefantes Brancos,
reportagem da Rede Globo
reportagem da Rede Globo
Dois exemplos ibéricos,
os 10 estádios de futebol (à esquerda) construídos ou remodelados para a fase final do Euro 2004, em Portugal, e a Caja Mágica, centro polidesportivo de Madrid, em Espanha (em baixo). Estes exemplos são apenas algumas amostras de elefantes brancos por toda a Europa e, aliás, por todo o mundo, aos quais não foge o Brasil.
Que não seja, isto, um motivo de risota para o povo brasileiro,
a 6ª economia mundial, pois eu não vejo muita diferença entre políticos portugueses e brasileiros, aliás, alguns dos segundos até descendem dos primeiros. São todos farinha do mesmo saco, mesmo já sendo somente parentes afastados corre-lhes nas veias o mesmo sangue com falta de escrúpulos.
Os elefantes brancos deveriam ser "animais" em vias de extinção, mas infelizmente são eles que proliferam no seio de sociedades gananciosas e corruptas...
Termino aqui com uma reportagem vídeo do Fantástico, na TV Globo, e um alerta à 6ª economia mundial:
Elefantes brancos
desperdiçam dinheiro do contribuinte
O vídeo deixou de estar disponível na página do Fantástico, mas pode ser visto no Youtube
Deverei dizer: parece piada de brasileiro ou de latino-"ibericanos"?
João Hilário
A reportagem do Fantástico:
O Fantástico realizou uma reportagem especial sobre o desperdício de dinheiro público: os elefantes brancos do Brasil. Há muitos anos, um rei dava um elefante branco para os súditos de que não gostava. O animal ocupava espaço, não tinha utilidade e era caro para manter. Por isso, tudo que é grande, custa uma fortuna e não serve para nada ganha o nome de "elefante branco". O Brasil está cheio deles: obras gigantescas, inacabadas e que não beneficiam a população.
Pior do que ter de enfrentar o mesmíssimo problema todo dia é todo dia passar debaixo da solução sem poder usufruir dela.
“Esse viaduto aqui é uma porcaria, rapaz. Isso aqui não tem mais jeito não”, reclama um morador.
“Faz tempo que esse viaduto está aí e nunca termina”, diz o motorista Reinaldo Fernandes.
Pior do que ter de enfrentar o mesmíssimo problema todo dia é todo dia passar debaixo da solução sem poder usufruir dela.
“Esse viaduto aqui é uma porcaria, rapaz. Isso aqui não tem mais jeito não”, reclama um morador.
“Faz tempo que esse viaduto está aí e nunca termina”, diz o motorista Reinaldo Fernandes.
A única providência até agora foi botar um guarda com a impossível missão de esconder um viaduto de 30 metros de altura.
“Aqui não pode filmar, senhor. Poxa vida. Eu estou falando que não pode filmar e o senhor continua filmando?”, desafia o guarda.
Está lá para quem quiser ver ou filmar: o viaduto estaiado do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, é parte de uma obra que começou em 2007 para ser entregue em 2008. O orçamento inicial era de R$ 66 milhões, mas o gasto vai passar dos R$ 113 milhões.
A prefeitura diz que teve problemas com as desapropriações e promete entregar a obra no fim de julho. Viaduto inacabado é parte da paisagem urbana no Brasil. Só Porto Velho, em Rondônia, tem seis. Obras orçadas em mais de R$ 100 milhões e paradas desde o ano passado por suspeita de irregularidades. Escola, hospital, estádio de futebol, centro de convenção.
Aeroportos como o de Goianá, cidade mineira de quatro mil habitantes. A pista para aviões de grande porte custou R$ 88 milhões e foi construída sem levar em conta que havia um morro na cabeceira. Ele terá de ser removido pelo governo de Minas, que promete fazer isso em dois meses. A lista de elefantes brancos é interminável pelas mais diversas razões.
“Tem uma briga política entre dois grupos. Quando um ganha, não faz porque o outro começou a fazer, e assim por diante. O povo é que fica a ver navios”, explica o produtor cultural Ari Rodrigues.
No ano passado, o Tribunal de Contas da União mandou parar 31 obras federais para investigar o uso ilegal de dinheiro público. Só nessas obras sob suspeita, R$ 23 mil milhões estão em jogo. Mas o que dizer de um hospital de quatro andares e 136 leitos, parado há dez anos, em uma cidade como Cuiabá, que precisa de pelo menos 500 novas vagas?
“Estou há 51 dias aqui esperando cirurgia e nada, muito descaso com a gente aqui”, revela o paciente Diego Leite Mariano.
“É muito descaso, porque meu filho está sendo cortado aos poucos, vivo”, reforça Edides Benedita Leite.
Quando soube que o filho dela poderia estar no lugar, Dona Edides mal pôde acreditar.
“Eu nunca esperava na vida que aqui dentro de Cuiabá tinha um hospital desse tamanho”, acrescenta Dona Edides. “Tristeza em saber que meu filho podia estar em um lugar bem melhor. Olha aqui, gente. Olha, meu Deus! O prefeito, que o governador, que eu não sei quem que é que podia terminar rápido para desafogar o pronto-socorro.”
O governo do estado diz que o prédio está ultrapassado, não serve mais para abrigar doentes. A repórter Eunice Ramos, embrenhando-se nas árvores que crescem na construção, passou pela aterrorizante experiência de entrar em um hospital fantasma.
“Um morcego acabou de passar aqui!”, exclama a repórter. “Nos lugares mais escuros tem muito morcego. Então tem que prestar bastante atenção.”
Em um bairro de São Luís, no Maranhão, faltam pelo menos 400 vagas para os alunos da rede pública. Henrique tem de pedalar quilômetros para estudar. Ele convive com as sequelas da paralisia infantil e nos dias de calor chega a passar mal.
Bem perto da casa dele, duas escolas, com capacidade para 2,4 mil alunos, foram construídas e abandonadas. O repórter Alex Barbosa foi conhecer uma delas.
Na frente da escola, foram colocadas algumas madeiras velhas para impedir a entrada de vândalos. Lá dentro dá para ver a quantidade de mato que tem no pátio do colégio, o que demonstra o tempo que a escola está pronta, mas até hoje está abandonada.
A Secretaria municipal de Educação informou que haverá nova licitação para retomar as obras. A Transparência Brasil, organização que acompanha o andamento de obras supeitas, diz que falta fiscalização e que, embora o controle exercido pelo Tribunal de Contas da União tenha melhorado, a maioria dos tribunais de contas municipais e estaduais simplesmente não fiscaliza.
“Esses tribunais de contas são inoperantes e não funcionam. Os indivíduos que estão lá foram colocados lá por governadores para garantir que não vão chatear eles. Então é assim que funciona basicamente os tribunais de contas”, revela Cláudio Abramo, da ONG Transparência Brasil.
De todas as alegações para interromper uma obra pública no Brasil, talvez a mais inusitada de todas esteja em São José dos Campos. A Justiça embargou uma construção para que se apure por que ela começou a ser feita pelo avesso. A entrada foi parar nos fundos e os fundos foram parar na entrada, neste que já é conhecido como o teatro do absurdo.
A um custo de R$ 680 mil, as fundações do Teatro Municipal de São José dos Campos foram assentadas ao contrário.
Em vez de fazer a entrada voltada para o parque, como estava previsto, a construtora virou a frente do teatro para a avenida. A explicação da prefeitura foi bastante simples: alguém virou a planta de cabeça para baixo.
“Aqui é a frente do teatro. É como se ele tivesse sido feito ao contrário. Porque aí ficaria o palco próximo da avenida”, mostra o secretário de Assuntos Jurídicos, Aldo Zonzini Filho.
Uma sindicância interna inocentou a empreiteira e concluiu: foi desorganização da própria prefeitura.
“Reconhecemos que saiu de dentro da prefeitura, do setor competente, que é o setor que fez essa planta. A planta chegou invertida na construtora”, acrescenta o secretário.
Uma ação popular levou o caso à Justiça. A prefeitura só pode retomar a obra quando o processo terminar.
Em Maceió, o inacreditável caso de uma obra que, segundo informou o ex-governador Geraldo Bulhões, custou R$ 27 milhões em valores atualizados para ser usada em um único dia. O Papódromo foi construído para receber o papa João Paulo II em 1991.
“Eu me lembro do dia. Aquela coisa bonita, cheio de gente, o papa sentado à esquerda do monumento”, lembra a irmã de caridade Josefa Umbelina dos Santos.
Só que nunca mais o Papódromo foi usado para nada. “Correndo até perigo de esta armação cair e acidentar muitas crianças que ficam brincando penduradas”, alerta Josefa.
O monumento fica em uma área da Marinha cedida ao governo do estado que promete reurbanizá-la.
No Paraná, as bases náuticas construídas em 1997 para os Jogos Mundiais da Natureza estão abandonadas. “Gastaram milhões para estar a ver navios”, diz um operário;
O investimento, na época, foi de R$ 3 milhões, R$ 7 milhões nos valores de hoje. Os jogos foram disputados uma única vez. Depois disso, as bases ficaram sem uso algum.
Em Rio Grande, no litoral gaúcho, a repórter Guacira Merlin entrou no prédio do Tribunal Regional Federal. A obra começou há seis anos e deveria estar pronta em 2009, mas virou um grande depósito de material de construção inaproveitável.
Centenas de placas de gesso para divisórias já não podem ser utilizadas porque estão vencidas. A mesma coisa acontece com sacas de cimento. Viraram pedra lá dentro. São cerca de 600. São mil sacas de argamassa fabricadas em abril de 2008. A validade era só de seis meses. A obra já consumiu mais de R$ 8 milhões e está parada porque a construtora não pagava os funcionários. O tribunal entrou na justiça contra a empresa.
No Rio de Janeiro, a construção da Cidade da Música, um gigantesco conjunto de salas de espetáculos, gastou seis vezes mais que o orçado. Da previsão inicial de R$ 80 milhões pulou para mais de R$ 500 milhões. Uma CPI da Câmara Municipal apontou 57 irregularidades diferentes.
Em e-mail enviado ao Fantástico, o ex-prefeito César Maia nega as acusações e diz que foi tudo dentro da lei. A atual prefeitura mudou o nome do complexo cultural para Cidade das Artes e prometeu entregá-lo em agosto.
No palco empoeirado da sala principal, o violonista Turíbio Santos aprova a acústica, mas não a gastança. Ele faz um protesto musical ao som de Villa-Lobos.
“Se você fizer as coisas na proporção certa, você não precisa passar a limpo depois. Você não precisa refazer. Só tropeçamos quando pensamos megalomaniacamente”, avalia o músico.
“Aqui não pode filmar, senhor. Poxa vida. Eu estou falando que não pode filmar e o senhor continua filmando?”, desafia o guarda.
Está lá para quem quiser ver ou filmar: o viaduto estaiado do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo, é parte de uma obra que começou em 2007 para ser entregue em 2008. O orçamento inicial era de R$ 66 milhões, mas o gasto vai passar dos R$ 113 milhões.
A prefeitura diz que teve problemas com as desapropriações e promete entregar a obra no fim de julho. Viaduto inacabado é parte da paisagem urbana no Brasil. Só Porto Velho, em Rondônia, tem seis. Obras orçadas em mais de R$ 100 milhões e paradas desde o ano passado por suspeita de irregularidades. Escola, hospital, estádio de futebol, centro de convenção.
Aeroportos como o de Goianá, cidade mineira de quatro mil habitantes. A pista para aviões de grande porte custou R$ 88 milhões e foi construída sem levar em conta que havia um morro na cabeceira. Ele terá de ser removido pelo governo de Minas, que promete fazer isso em dois meses. A lista de elefantes brancos é interminável pelas mais diversas razões.
“Tem uma briga política entre dois grupos. Quando um ganha, não faz porque o outro começou a fazer, e assim por diante. O povo é que fica a ver navios”, explica o produtor cultural Ari Rodrigues.
No ano passado, o Tribunal de Contas da União mandou parar 31 obras federais para investigar o uso ilegal de dinheiro público. Só nessas obras sob suspeita, R$ 23 mil milhões estão em jogo. Mas o que dizer de um hospital de quatro andares e 136 leitos, parado há dez anos, em uma cidade como Cuiabá, que precisa de pelo menos 500 novas vagas?
“Estou há 51 dias aqui esperando cirurgia e nada, muito descaso com a gente aqui”, revela o paciente Diego Leite Mariano.
“É muito descaso, porque meu filho está sendo cortado aos poucos, vivo”, reforça Edides Benedita Leite.
Quando soube que o filho dela poderia estar no lugar, Dona Edides mal pôde acreditar.
“Eu nunca esperava na vida que aqui dentro de Cuiabá tinha um hospital desse tamanho”, acrescenta Dona Edides. “Tristeza em saber que meu filho podia estar em um lugar bem melhor. Olha aqui, gente. Olha, meu Deus! O prefeito, que o governador, que eu não sei quem que é que podia terminar rápido para desafogar o pronto-socorro.”
O governo do estado diz que o prédio está ultrapassado, não serve mais para abrigar doentes. A repórter Eunice Ramos, embrenhando-se nas árvores que crescem na construção, passou pela aterrorizante experiência de entrar em um hospital fantasma.
“Um morcego acabou de passar aqui!”, exclama a repórter. “Nos lugares mais escuros tem muito morcego. Então tem que prestar bastante atenção.”
Em um bairro de São Luís, no Maranhão, faltam pelo menos 400 vagas para os alunos da rede pública. Henrique tem de pedalar quilômetros para estudar. Ele convive com as sequelas da paralisia infantil e nos dias de calor chega a passar mal.
Bem perto da casa dele, duas escolas, com capacidade para 2,4 mil alunos, foram construídas e abandonadas. O repórter Alex Barbosa foi conhecer uma delas.
Na frente da escola, foram colocadas algumas madeiras velhas para impedir a entrada de vândalos. Lá dentro dá para ver a quantidade de mato que tem no pátio do colégio, o que demonstra o tempo que a escola está pronta, mas até hoje está abandonada.
A Secretaria municipal de Educação informou que haverá nova licitação para retomar as obras. A Transparência Brasil, organização que acompanha o andamento de obras supeitas, diz que falta fiscalização e que, embora o controle exercido pelo Tribunal de Contas da União tenha melhorado, a maioria dos tribunais de contas municipais e estaduais simplesmente não fiscaliza.
“Esses tribunais de contas são inoperantes e não funcionam. Os indivíduos que estão lá foram colocados lá por governadores para garantir que não vão chatear eles. Então é assim que funciona basicamente os tribunais de contas”, revela Cláudio Abramo, da ONG Transparência Brasil.
De todas as alegações para interromper uma obra pública no Brasil, talvez a mais inusitada de todas esteja em São José dos Campos. A Justiça embargou uma construção para que se apure por que ela começou a ser feita pelo avesso. A entrada foi parar nos fundos e os fundos foram parar na entrada, neste que já é conhecido como o teatro do absurdo.
A um custo de R$ 680 mil, as fundações do Teatro Municipal de São José dos Campos foram assentadas ao contrário.
Em vez de fazer a entrada voltada para o parque, como estava previsto, a construtora virou a frente do teatro para a avenida. A explicação da prefeitura foi bastante simples: alguém virou a planta de cabeça para baixo.
“Aqui é a frente do teatro. É como se ele tivesse sido feito ao contrário. Porque aí ficaria o palco próximo da avenida”, mostra o secretário de Assuntos Jurídicos, Aldo Zonzini Filho.
Uma sindicância interna inocentou a empreiteira e concluiu: foi desorganização da própria prefeitura.
“Reconhecemos que saiu de dentro da prefeitura, do setor competente, que é o setor que fez essa planta. A planta chegou invertida na construtora”, acrescenta o secretário.
Uma ação popular levou o caso à Justiça. A prefeitura só pode retomar a obra quando o processo terminar.
Em Maceió, o inacreditável caso de uma obra que, segundo informou o ex-governador Geraldo Bulhões, custou R$ 27 milhões em valores atualizados para ser usada em um único dia. O Papódromo foi construído para receber o papa João Paulo II em 1991.
“Eu me lembro do dia. Aquela coisa bonita, cheio de gente, o papa sentado à esquerda do monumento”, lembra a irmã de caridade Josefa Umbelina dos Santos.
Só que nunca mais o Papódromo foi usado para nada. “Correndo até perigo de esta armação cair e acidentar muitas crianças que ficam brincando penduradas”, alerta Josefa.
O monumento fica em uma área da Marinha cedida ao governo do estado que promete reurbanizá-la.
No Paraná, as bases náuticas construídas em 1997 para os Jogos Mundiais da Natureza estão abandonadas. “Gastaram milhões para estar a ver navios”, diz um operário;
O investimento, na época, foi de R$ 3 milhões, R$ 7 milhões nos valores de hoje. Os jogos foram disputados uma única vez. Depois disso, as bases ficaram sem uso algum.
Em Rio Grande, no litoral gaúcho, a repórter Guacira Merlin entrou no prédio do Tribunal Regional Federal. A obra começou há seis anos e deveria estar pronta em 2009, mas virou um grande depósito de material de construção inaproveitável.
Centenas de placas de gesso para divisórias já não podem ser utilizadas porque estão vencidas. A mesma coisa acontece com sacas de cimento. Viraram pedra lá dentro. São cerca de 600. São mil sacas de argamassa fabricadas em abril de 2008. A validade era só de seis meses. A obra já consumiu mais de R$ 8 milhões e está parada porque a construtora não pagava os funcionários. O tribunal entrou na justiça contra a empresa.
No Rio de Janeiro, a construção da Cidade da Música, um gigantesco conjunto de salas de espetáculos, gastou seis vezes mais que o orçado. Da previsão inicial de R$ 80 milhões pulou para mais de R$ 500 milhões. Uma CPI da Câmara Municipal apontou 57 irregularidades diferentes.
Em e-mail enviado ao Fantástico, o ex-prefeito César Maia nega as acusações e diz que foi tudo dentro da lei. A atual prefeitura mudou o nome do complexo cultural para Cidade das Artes e prometeu entregá-lo em agosto.
No palco empoeirado da sala principal, o violonista Turíbio Santos aprova a acústica, mas não a gastança. Ele faz um protesto musical ao som de Villa-Lobos.
“Se você fizer as coisas na proporção certa, você não precisa passar a limpo depois. Você não precisa refazer. Só tropeçamos quando pensamos megalomaniacamente”, avalia o músico.